Foi o que aconteceu. Ali estava Cristina a casar-se, numa cerimónia civil, com o homem da sua vida, quando os seus olhos se cruzaram com os do representante da autoridade.
Também Nicolau, o oficiante encarregado de legitimar a união, estava quase paralizado, preso daquele olhar, sem que lhe saíssem da boca as palavras adequadas à ocasião e circunstância. Foram momentos de suspense até que, com uma voz que mal se ouvia, ele os declarou marido e mulher. Com a certeza, contudo, de que aquela mulher só seria dele.
Tão convencido ficou que os meses, os anos, que se seguiram, mais não foram que motivos para se encontrar com Cristina. Que, claro, não deixou de corresponder...
Dois filhos haviam, contudo, de nascer do matrimónio, antes que este se desfizesse. Mas o amor louco, o tal golpe fatal que os atingira iria, finalmente, tomar forma.
Cristina separou-se e casou com aquele que antes validara a sua união. Durou dezasseis anos o novo casamento. Mas foi por outro coup de foudre que ele se haveria de dissolver...
Há pessoas que amam assim!
Helena
Helena, permita-me que a trate assim, com o imenso respeito que lhe tenho.
ResponderEliminarPeço desculpa pelo meu comentário não ter nada a ver com o texto, mas foi um local escolhido ao acaso para lhe fazer chegar as minhas palavras.
Sempre a vi na televisão e sempre gostei de a ouvir. Mais recentemente ouvi a entrevista que deu ao Manuel Luís Goucha, penso que das melhores entrevistas que algum dia vi naquele programa. Essencialmente por si, não tirando o mérito ao entrevistador.
Revejo-me bastante em si, com a devida distância de uma vida ainda por viver. Revejo-me na descrição que consta no seu perfil: escrevinhadora, consciente dos meus deveres cívicos... Talvez eu seja mais politicamente desconcentrada! E recentemente tornei-me, com muito esforço, mais uma no meio da classe dos que escolheram a Economia como formação. Mas sou muito mais que números, as letras também me fascinam. Portanto, mantenho a esperança de um dia poder olhar para trás e poder contar histórias como as que ouvi de si. Transmite felicidade, do fundo das suas rugas que sei que transporta com orgulho.
Não podia deixar de escrever isso num dos seus espaços que, após descobrir, passei a ler religiosamente.
Deixo-lhe um beijinho com admiração.
Obrigada Ana pelas suas palavras e pela naturalidade que nelas revela.
ResponderEliminarSou, de facto, uma mulher agradecida à vida!
Um abreijo