
Num jantar a que fui recentemente abordou-se o tema da progressiva emancipação das mulheres. A certa altura, alguém perguntou a cada uma das presentes representantes do género qual era, para elas, o melhor estatuto: divorciadas ou viúvas?
A gargalhada à mesa foi geral. Mas uma de entre nós respondeu, de imediato, que "o de casada seguramente não era". Nova risota até que a autora da afirmação exclamou, meio a sério, meio a sorrir, um "riem de quê?".
Foi então que a conversa tomou um tom mais sério. Curiosamente entre os homens a resposta apontava para as divorciadas, enquanto entre as mulheres era quase unânime a preferência pelo estado de viuvez.
Os primeiros argumentavam que, no caso de haver filhos - o mais frequente -, a existência de um pai vivo aliviava responsabilidades ao padrasto. As segundas defendiam que a viuvez, ao contrário do divórcio, dava respeitabilidade e, até, alguma deferência às mulheres.
Vim para casa a meditar no que havia sido dito. E não pude deixar de concordar que em pleno século XXI, ainda permanecem na nossa educação princípios que já nada justifica.
As mulheres, sejam elas solteiras, casadas, viúvas ou divorciadas merecem ser olhadas de igual forma e julgadas não pelo estado civil, mas sim pelo que são como seres humanos. Como, aliás, os homens para quem, de modo surpreendente, o problema se não põe.
Não deixa de ser curioso que, mesmo a brincar, alguem, ainda hoje, admita que a questão se pode equacionar...
Helena
A gargalhada à mesa foi geral. Mas uma de entre nós respondeu, de imediato, que "o de casada seguramente não era". Nova risota até que a autora da afirmação exclamou, meio a sério, meio a sorrir, um "riem de quê?".
Foi então que a conversa tomou um tom mais sério. Curiosamente entre os homens a resposta apontava para as divorciadas, enquanto entre as mulheres era quase unânime a preferência pelo estado de viuvez.
Os primeiros argumentavam que, no caso de haver filhos - o mais frequente -, a existência de um pai vivo aliviava responsabilidades ao padrasto. As segundas defendiam que a viuvez, ao contrário do divórcio, dava respeitabilidade e, até, alguma deferência às mulheres.
Vim para casa a meditar no que havia sido dito. E não pude deixar de concordar que em pleno século XXI, ainda permanecem na nossa educação princípios que já nada justifica.
As mulheres, sejam elas solteiras, casadas, viúvas ou divorciadas merecem ser olhadas de igual forma e julgadas não pelo estado civil, mas sim pelo que são como seres humanos. Como, aliás, os homens para quem, de modo surpreendente, o problema se não põe.
Não deixa de ser curioso que, mesmo a brincar, alguem, ainda hoje, admita que a questão se pode equacionar...
Helena