tag:blogger.com,1999:blog-8848165414408891664.post2032566738455435535..comments2023-05-03T17:03:55.557+01:00Comments on E nada o vento levou...: AmoresHelena Sacadura Cabralhttp://www.blogger.com/profile/11916182095425230786noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-8848165414408891664.post-73430726775728012682010-10-05T23:39:56.133+01:002010-10-05T23:39:56.133+01:00um fim
um começo
todo o começo com um fim
o fim de...um fim<br />um começo<br />todo o começo com um fim<br />o fim de todo o começo<br /><br />:-)Pedrohttps://www.blogger.com/profile/02963953064976339153noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8848165414408891664.post-17765107525863809132010-10-05T22:23:22.191+01:002010-10-05T22:23:22.191+01:00Pedro
A análise é assim mesmo. Uns vão mudando de ...Pedro<br />A análise é assim mesmo. Uns vão mudando de analista. Até que desistem. Ou até que se reencontram.<br />Outros têm sorte à primeira. E ficam. Mesmo que haja sessões de silêncio. E, um dia, mais cedo ou mais tarde, descobrem que afinal valeu a pena.<br />A análise nunca está terminada. Mas há uma altura em que sentimos que já "não precisamos tanto". É quando o processo de reconhecimento começou...<br />Eu deixei ao leitor a interpretação. Você deu-lhe um fim!Helena Sacadura Cabralhttps://www.blogger.com/profile/11916182095425230786noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8848165414408891664.post-22479690229610829082010-10-05T00:53:20.273+01:002010-10-05T00:53:20.273+01:00Passaram-se tempos e Isabel cansou-se das sessões ...Passaram-se tempos e Isabel cansou-se das sessões com o analista que raramente lhe fazia perguntas. Cansou-se daquele ritual, sempre o mesmo, de ser ela sempre a falar. Cansou-se do silêncio a marcar o tempo quando não lhe apetecia falar. Cansou-se dele que não falava. Só quando receava não ter percebido o que ela dissera. Para quê perceber melhor o que dissera se dele ouvia nada? Cansou-se de o ouvir tão pouco para nada. Cansou-se de o ouvir na despedida, "até quinta-feira", "até segunda-feira" sempre à mesma hora. Cansou-se dos sorrisos das despedidas. Procurou outro analista. Que lhe dissesse mais. Que não escutasse só. Que falasse, que escutasse, que escutasse enquanto também lhe falasse. Que a deixasse falar mas não só. Encontrou outro analista. Ao princípio estranhou. Ouvi-lo. Depois gostou. Parecia-lhe um espelho. No fim de cada sessão ele falava. Pareciam palavras e discurso desgarrado. Desligado dela. Saía, caminhava. As palavras dele regressavam, e não era sempre, e não era logo, às vezes demorava bastante tempo, mas as palavras faziam-na pensar, caminhava. Ela entregava-lhe pensamentos. Ele devolvia-lhe pensamentos. Parecia um espelho. O espelho funcionava. Percebeu que o discurso e o estar se desenredavam. Já não eram remoinhos, às voltas, círculos largos que por mais largos levavam sempre ao mesmo lugar, disfarçadamente sempre à volta do mesmo. Desenredava-se. Autonomizava-se. E às vezes. Às vezes ele dizia como a via corajosa nos progressos que fazia. Nem sempre. Que doía. O sentir. Pensar. Recordar. Principalmente descobrir o porquê do que sentia e de como tanto vinha do recordar. Tanta coisa. E os porquês que tanto doíam. Um dia chorou tremendamente, pensava que o chão desabava, queria libertar-se, pensou que os cinquenta minutos já estavam passados. E estavam. Fez menção de se ir. Ele fez-lhe sinal que ficasse. Ela ficou até acabar de chorar. Desse dia em diante. Desse dia em diante. Foi como se tivesse renascido. Aos poucos reconstruiu-se. As sessões continuaram. Depois sentiu que podia espaçá-las. E um dia disse-lhe:<br />- Mário, acho que já não preciso.<br />O analista sorriu. Parecia satisfeito quando lhe disse "até sempre, Isabel”.<br /><br />PedroPedrohttps://www.blogger.com/profile/02963953064976339153noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8848165414408891664.post-62166294763880188922010-10-04T22:11:47.403+01:002010-10-04T22:11:47.403+01:00Há patologias incuráveis se nunca nos curarmos a n...Há patologias incuráveis se nunca nos curarmos a nós próprios.Anonymousnoreply@blogger.com